
PROPOFOL
Unidade Curricular de Toxicologia Mecanística
2013/2014
Ana Teresa Melanda Alves
Rúben Filipe Monteiro Calaia


Figura 12: Vias de metabolização detalhadas do propofol (adaptado) (19)
O propofol é metabolizado a nível renal e hepático, sofrendo também uma metabolização extra-hepática sobretudo a nível pulmonar.
A metabolização ocorre, maioritariamente, por ação do CYP2B6 , por um processo oxidativo, seguido de uma glucoronidação ou sulfatação. A isoforma do CYP2C9 também tem a capacidade de metabolizar o propofol, em menor extensão, exceto para concentrações extremamente elevadas deste composto (19).
Por outro lado, o propofol pode sofrer metabolização direta por ação da UGT1A9, responsável pela glucoronidação da molécula. Esta é a principal via de metabolização.
Apesar de a isoforma CYP2B6 não ser uma das mais abundantes a nível hepático, é a que está em maior quantidade nos pulmões. Isto é importante, considerando que 60% do composto passa pelo sistema pulmonar. Esta isoenzima possui uma grande variabilidade inter-individual, pelo que a biotransformação do propofol varia de pessoa para pessoa, podendo assim contribuir para a ocorrência de consequências clínicas relevantes para a saúde dos pacientes.
Deste modo, as biotransformações na molécula do propofol, quer diretas quer indiretas, estão associadas às variabilidades de efeitos e posologias entre diferentes indivíduos (20).
Isoenzima CYP450
4-Hidroxilação do propofol (nmoles/min/nmole CYP)
2A2
2B6
2A6
2C9
2C19
2E1
2A4
0,92
0,41
8,60
1,66
0,87
0,04
0,06
Tabela 6: Atividade das diferente isoenzimas na 4-hidroxilação do propofol a nível hepático em 5µM de propofol (adaptado) (19)