
PROPOFOL
Unidade Curricular de Toxicologia Mecanística
2013/2014
Ana Teresa Melanda Alves
Rúben Filipe Monteiro Calaia
Interações medicamentosas (1,2)
A medicação a que estão sujeitos determinados indíviduos poderá influenciar a dose a administrar de propofol em infusões contínuas. Este composto é um inibidor do CYP1A2, possuindo interação com a Tacridina, uma vez que esta é metabolizada pela isoforma do CYP450 inibida, não havendo assim a formação do metabolito ativo 1-hidroxitacrina. Um outro fármaco que não pode ser usado concomitantemente com o propofol é a Tizanidina, que é igualmente metabolizada pelo CYP1A2.
Por atuar nos mesmo recetores (recetores GABA), embora em subunidades diferentes, o propofol interage com as classes terapêuticas das benzodiazepinas e dos barbitúricos. Consequentemente, estes compostos podem aumentar os efeitos anestésicos e/ou sedativos do propofol.
Está descrito que a administração de propofol com fentanilo pode causar bradicardia grave, em pediatria.
Por último, o propofol interage quimicamente com o hidroxietilamido (Figura 2), um colóide aplicado na anestesia, para repor o volume intravascular. Deste modo, o propofol ao estabelecer interações químicas com esta molécula diminui a sua biodisponibilidade (3).


Figura 1

Figura 2: Interação entre o propofol e o hidroxietilamido (HES) (3)